Chassériau, Théodore

Chassériau nasceu
e viveu seus primeiros anos na ilha de Santo Domingo em Samana, El Limón, hoje
República Dominicana. Criado e educado por sua mãe Maria Madalena Couret de la Blaquière,
oriunda de uma família de colonos. A
infância do pintor foi marcada pela ausência de seu pai Benoit Chassériau, francês
que era cônsul da França em Porto Rico. Preocupado
com a educação de seus filhos Benoît leva a família para Paris em 1822.
Precisando viajar ele deixa a família sob a tutela do irmão mais velho, Frederick
Charles Victor Chassériau.
Chassériau entra
para o ateliê de Ingres em 1831, é famosa a indicação do mestre sobre o jovem
pupilo no qual disse: "Vejam senhores este será o Napoleão da pintura".
Ingres
é noemado diretor da Villa Medici, a academia francesa em Roma, assumindo em
1835. Neste momento Chassériau não pode acompanhá-lo por falta de dinheiro.
Entretanto, em 1840 parte juntamente com Lehmann para encontrar o professor.
Viagem importante na carreira do pintor que rompe com o mestre o acusando de “Desconhecer
totalmente a poesia contemporanea” e com Lehmann, por conta do retrato do padre
Lacordaire (Lehmann acreditava que ele deveria realizar o retrato e que Chassériau
teria sido desleal ao convencer o padre de realizar seu retrato).
O
artista entra para o circuito dos salões oficiais em 1839 quando apresenta duas
telas: Vénus Marine e Suzanne et les veillards. Neste momento a grande parte da
crítica identifica em Chassériau certa autonomia dos preceitos de Ingres ao
mesmo tempo um futuro promissor. Período também do início da amizade com
Théophile Gautier, que será o grande entusiasta de sua obra.
As relações com Eugène Delacroix são turvas, não há indicação nem por parte de Chassériau nem de Delacroix, entretanto suas obras, notadamente a partir de 1844, mantêm relações com aquelas de Delacroix. Em 1846 o artista viaja a Argélia, passando em Constantina, inúmeros estudos e desenhos que se transformaram em diversas obras tiveram origem nesta viagem.
Amigo
de Alexis de Tocqueville, o irmão mais velho do artista que foi conselheiro de
estado deu apoio a Théodore Chassériau para que este pudesse realizar os
afrescos na escadaria do Tribunal de Contas, localizado na antigo
Palais d' Orsay e encenciado durante a Comuna. Prédio que foi destruído dando
lugar a Gare d’Orsay, hoje o Musée d’Orsay.
Os
afrescos de Chassériau 1845-1848 são certamente a maior mais expressiva de Théodore
Chassériau. Restam apenas alguns vestígios que foram transferidos para o
Louvre.
Ele manteve um
relacionamento com a atriz Alice Ozy, e a utilizou como modelo para alguns
quadros. Este relacionamento enfurece Victor Hugo que desejava a atriz que já
havia se relacionado com o filho do escritor, Charles.
Chassériau
morreu com a idade de 37 anos, em 1856, em sua casa, rua 2 Fléchier em Paris.
Extraído do Wikipédia e alterado e ampliado por Martinho Junior.