PEETA

Em minhas composições pictóricas, escultóricas e murais, minhas formas geométricas agem como elas interagem com o ambiente circundante. Em particular, ao pintar em paredes, meu objetivo é sempre criar um diálogo com os parâmetros estruturais e culturais do contexto circundante, arquitetônico ou não.
Inicialmente, meus trabalhos só perceberam a qualidade escultural das letras individuais, ou seja, aquelas que soletravam meu próprio apelido, Peeta. Progressivamente, a fusão entre as letras tradicionais e o estilo tridimensional deu vida a um tipo único de ritmo visual. Hoje, através de meus trabalhos anamórficos, redesenho os volumes de qualquer tipo de superfície envolvida, provocando com minhas pinturas uma “interrupção temporária da normalidade”, alterando a percepção de contextos familiares e, assim, levantando uma compreensão diferente dos espaços e, conseqüentemente, da realidade. em um todo.
Metaforicamente, quero neutralizar os preconceitos e exortar o surgimento de novas perspectivas. O anamorfismo incorpora totalmente a intenção, sempre fundamental em minha produção, de revelar a ilusão da percepção humana, a falácia de pontos de vista estreitos e fixos através de truques visuais que, provenientes da tentativa de conferir uma aparência tridimensional a uma representação pictórica, em última análise, revelam sua vontade de enganar.
Devido à minha virada para a pintura anamórfica, optei por transformar também as minhas formas tradicionais de modo a deixá-las interagir com módulos padrão de estruturas arquitectónicas, mudando-as frequentemente de sólidos irregulares e suaves para geométricos.
Constantemente correndo em paralelo com a minha atividade mural e de pintura, o papel da escultura torna-se essencial para a minha produção global, pois representa para mim um contato direto com a tridimensionalidade para entender as regras da luz e das sombras e reproduzi-las.
Extraído do site: https://www.peeta.net/about/
Responsável: Jorge Coli